INSTRUÇÕES PARA AS ATIVIDADES:
- Copiar o texto no caderno, pois será usado para atividades avaliativas futuras;
- O conteúdo será explicado na sala de aula.
AS DITADURAS NA AMÉRICA LATINA - ARGENTINA E CHILE
Ao longo do século XX, a América Latina passou por períodos conturbados, marcados por experiências ditatoriais em alguns países. No momento em que começaram a se estabelecer esses regimes ditatoriais, muitos países da região enfrentavam problemas econômicos, sociais e políticos, abrindo espaço para a insurgência de ideais autoritários.
Algumas das experiências ditatoriais mais representativas que ocorreram na América Latina foram as que se deram na Argentina, no Chile, no Uruguai, no Paraguai e no Peru. Essas ditaduras causaram grande impacto nessas sociedades, tendo ocorrido violações dos direitos humanos, censura da imprensa e repressão a grupos considerados opositores desses governos. As consequências desses períodos ainda geram impactos nos dias de hoje.
Ditadura na Argentina
A ditadura argentina aconteceu entre os anos de 1976 e 1983. Durante esse tempo, o país foi governado por militares, que tomaram o poder e não respeitaram os direitos e as liberdades da população. Juan Carlos Onganía, Marcelo Levingston e Alejandro Lanusse, três ditadores que foram “presidentes da nação Argentina”.
Em 1976, os militares, liderados pelo General Jorge Rafael Videla, deram um golpe de Estado e derrubaram o governo civil eleito. Eles alegaram que queriam acabar com a corrupção e o caos no país e, na verdade, impuseram o governo de uma junta militar, que impôs um regime autoritário.
Uma das características mais marcantes do período foi a repressão. Os militares perseguiram e prenderam opositores políticos, estudantes, sindicalistas e jornalistas. Muitos foram torturados ou desapareceram. O governo também censurou a imprensa, controlando o que era noticiado nos jornais, rádios e na televisão, manipulando a opinião pública. No entanto, o governo adotava medidas que privilegiaram os interesses das grandes empresas e dos setores mais ricos da sociedade.
Escritores, poetas, músicos e artistas plásticos expressaram suas críticas à ditadura por meio de suas obras. Algumas delas foram censuradas pelo governo militar. Enquanto alguns setores da Igreja Católica argentina apoiaram o governo, outros setores também se posicionaram contra a violência e a repressão ditatorial. Em 1983, a pressão popular pela democracia fez com que a ditadura terminasse.
Ditadura no Chile
A ditadura chilena aconteceu entre os anos de 1973 e 1990. Durante esse tempo, o país foi governado por um regime militar autoritário, que tomou o poder por meio de um golpe de Estado. Em 11 de setembro de 1973, as Forças Armadas chilenas, lideradas pelo General Augusto Pinochet, derrubaram o governo democraticamente eleito do presidente Salvador Allende. O golpe de Estado foi violento e resultou na morte do presidente Allende, que se recusou a se render e a se entregar aos militares.
Com o golpe, o poder passou a estar concentrado nas mãos de Augusto Pinochet e de outros militares. Nesse período, os direitos e as liberdades da população foram restringidos. Também houve perseguição política, censura da imprensa e repressão às formas de oposição ao regime. O Estádio Nacional de Santiago foi transformado em um centro de detenção e tortura. Milhares de pessoas foram presas e torturadas nesse estádio apenas por expressarem suas opiniões contra o governo. Muitas dessas pessoas desapareceram.
O governo de Pinochet implementou uma política econômica neoliberal, que favoreceu os interesses de grandes empresas e prejudicou as camadas mais pobres da população e gerou desigualdades sociais e econômicas.
Neoliberal: ideologia econômica que defende a redução da intervenção do Estado na economia, buscando maior liberdade para o mercado e a privatização de serviços públicos.
Apesar da repressão, partidos políticos de oposição continuaram a existir clandestinamente durante a ditadura. Eles organizaram manifestações de resistência política, promoveram protestos e manifestações pela restauração da democracia no Chile. Os sindicatos e os movimentos trabalhistas também se opuseram à ditadura, lutando pelos direitos dos trabalhadores e contra as políticas econômicas que prejudicavam a classe. A ditadura durou até 1990, quando o Chile realizou eleições livres e escolheu um presidente civil. O período que antecedeu as eleições foi marcado por grandes manifestações populares que exigiam o retorno à democracia.
No Chile tem um museu da Memória e dos Direitos Humanos. Foi inaugurado em 2010, é um espaço dedicado a contar a História da ditadura chilena e a promover uma reflexão sobre os abusos cometidos durante esse período. O museu apresenta exposições permanentes e temporárias com documentos, fotografias e testemunhos que buscam preservar a memória dos acontecimentos da época.
Segue um vídeo para ajudá-lo a compreender melhor o conteúdo do texto
Adaptado de https://acervocmsp.educacao.sp.gov.br/100209/572340.pdf - Acesso em 09/10/24
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